quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aulas de canto em grupo: oportunidade para aprendizado e prática de backvocal – Parte II

Como já foi tratado no post anterior, o backvocal é uma técnica que pode ser utilizada de maneira bem ampla pelos praticantes e profissionais do canto em diversos estilos de música e por meio de diversas técnicas. Assim, a intenção de falar sobre o backvocal nesta segunda matéria é de justamente tratar a questão indicando algumas técnicas interessantes (e mais utilizadas) que você mesmo pode aplicar nas músicas que você gosta de cantar. 

Assim, podemos considerar três técnicas de backvocal que são utilizadas com mais freqüência. São elas:
1) Baseado em intervalos (preferencialmente intervalos de terça): com essa técnica é possível criar linhas vocais que mantêm o mesmo desenho da linha vocal principal. É utilizada em diversos estilos, mas, é nitidamente reconhecida e aplicada pelos cantores sertanejos.
2) Baseado em notas do acorde: essa técnica gera linhas vocais que possuem um desenho que não acompanha o vocal principal, sendo bastante utilizada nas músicas e arranjos do estilo Pop Rock.
3) Baseado em contramelodia: é uma técnica que utiliza as notas do acorde, as notas da escala diatônicas e cromáticas como notas de passagem. Assim, é possível desenvolver uma linha melódica paralela à principal. Por ter sua base nas notas das escalas, essa técnica exige mais conhecimento para a sua criação, apesar de ser de fácil aplicação. Tem sua origem na música clássica, mas tem sido utilizada em diversos estilos musicais do Rap ao Jazz.
Como é possível perceber que, apesar de determinadas técnicas serem mais aplicadas em determinados estilos musicais, elas podem servir como opções para a construção de uma linha melódica de qualidade para compor o backvocal. Basta que cada um as use de forma apropriada e com bom senso.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Bateria digital ganha mercado consumidor

Atualmente, é nítida a presença das baterias eletrônicas no mercado, à disposição em uma grande variedade de modelos e marcas. Digo isso, porque esse fato foi muito marcante na Expomusic 2011, onde foi possível ver e testar baterias digitais de diversos fabricantes diferentes.
Pensando nisso, é possível perceber que isso era quase impossível de prever a alguns anos atrás, quando ainda havia uma grande resistência dos bateristas em usar esse tipo de instrumento. Eles alegavam que a bateria digital não possuía a mesma qualidade sonora que a bateria acústica, além de destacarem a grande diferença sentida entre tocar os pads de uma bateria digital e pele de uma bateria acústica.
Mas, hoje a realidade é outra. Atualmente, as baterias digitais têm uma qualidade de som excelente e, graças aos novos materiais utilizados, possuem a sensação do toque similar ao das baterias acústicas. A prova disso é a quantidade de músicos que utilizam as baterias digitais em grandes eventos. Exemplo: bandas de axé no carnaval da Bahia.
Além disso, as baterias digitais hoje contribuem para facilitar o transporte e a locomoção do músico. São instrumentos compactos, fáceis de montar, desmontar, guardar e transportar.
Essas vantagens têm contribuído para o aumento das vendas desses instrumentos, devido ao crescimento da população nos grandes centros urbanos e à redução dos espaços residenciais. Assim, a bateria digital tem conquistado cada vez mais pessoas, pois, ao contrário da bateria acústica, ela pode ser tocada com fone de ouvido sem incomodar ninguém (o que os pais dos alunos da Melody Maker adoram!).

sábado, 1 de outubro de 2011




Hoje é o Dia da Música! E como forma de comemorar essa data, separei algumas curiosidades sobre a música que mostram alguns dos motivos pelo qual a ela é tão importante nas nossas vidas.
Leia e depois responda a nossa enquete na página do Facebook da Melody Maker Escola de Música (http://www.facebook.com/melodymakerescolademusica) e concorra ao sorteio de um Stereo Headphone da Lyco, modelo LC Pro200 High Performance. Você tem até o dia 05 de outubro para responder. O sorteio será divulgado no dia 07, sexta-feira. Participe!

Desde quando se comemora o Dia Mundial da Música?
Desde 1975 comemora-se no dia 1° de outubro o Dia Mundial da Música. A data foi oficializada pelo IMC (International Music Council), uma organização não governamental que exerce suas atividades desde 1948, com o apoio da UNESCO. Segundo a idealização da data, pretendia-se promover os valores de amizade e de paz por intermédio da música.
Qual é a origem da palavra “música”?
A palavra música vem do grego “mousikê”, etimologicamente, que significa “arte das musas”, inspiração para todas as manifestações mitológicas e de cultura grega.
Em que período a música surge na história do mundo?
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana. Hoje em dia, a música assume novas funções, chegando a ser uma das terapias alternativas da psicologia e ainda objeto de estudo de muitos pesquisadores.
Mas, qual é a definição de música?
Definir o termo “música” não é tarefa fácil, já que apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Assim, pode-se dizer que a música é uma forma de linguagem que se utiliza da voz, dos instrumentos musicais e de outros artifícios auxiliar o homem a expressar algo a alguém.
Alguns elementos fundamentais de uma música:
Melodia: é uma sucessão coerente de sons e silêncios, que se desenvolvem em uma sequência linear com identidade própria. É a voz principal que dá sentido a uma composição e encontra apoio musical na harmonia e no ritmo.
Harmonia: É um conceito clássico que se relaciona às ideias de beleza, proporção e ordem.
Ritmo: É a frequência de repetição de algum fenômeno. Esse termo é usual também para referir-se à variação da frequência de repetição desse fenômeno no tempo, notadamente os sons.
Altura: refere-se à forma como o ouvido humano percebe a frequência fundamental dos sons. As baixas frequências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons agudos.
Timbre: É a característica sonora que nos permite distinguir se sons de mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas e que nos permite diferenciá-las. Quando ouvimos, por exemplo, uma nota tocada por um piano e a mesma nota (uma nota com a mesma altura) produzida por um violino, podemos imediatamente identificar os dois sons como tendo a mesma frequência, mas com características sonoras muito distintas. O que nos permite diferenciar os dois sons é o timbre instrumental. De forma simplificada podemos considerar que o timbre é como a impressão digital sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal.
Intensidade: Refere-se à percepção da amplitude da onda sonora. Frequentemente, também é chamada de volume ou pressão sonora, embora a pressão acústica seja uma das propriedades da onda sonora.
Duração: Quantidade de tempo na música
Todos esses elementos se combinam para criar e produzir a música como conhecemos.
Qual é o papel da música em nossas vidas?
A música é um dos campos mais atrativos na vida humana. Por meio dela, é possível desenvolver emoções, sensações, habilidades e potencialidades físicas e mentais que podem ser utilizadas como profissão ou hobby. Em muitos casos, a música é também indicada como uma forma de tratamento de doenças físicas e psicológicas, como o câncer e a depressão, sendo, para muitos, um verdadeiro remédio. Por outro lado, estudos na área comprovam que a música tem papel fundamental no desenvolvimento de crianças, estimulando os dois hemisférios do cérebro, contribuindo para a formação das ligações nervosas relacionadas à sensibilidade, à linguagem, à motricidade e à musicalidade e a arte. Assim, as aulas de música, bem como a musicoterapia, contribuem para auxiliar o indivíduo a curar das doenças, a superar problemas ou até mesmo desenvolver suas habilidades por meio de atividades e trabalhos específicos com a música. Nesse sentido, deve-se ter a consciência de que a música é para todos, independentemente de idade, do sexo ou das competências e limitações de cada um. Por isso, cante, toque, dance, sinta o ritmo da música, dentro de você e deixe que ela faça parte da sua vida.

O que você está esperando? Comemore o Dia da Música com muita música!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Aulas de canto em grupo: oportunidade para aprendizado e prática de backvocal – Parte I

A grande maioria das pessoas acredita que as aulas de música (em geral) devem ser individuais, por sustentar a crença de que o aprendizado é mais direcionado e rápido. A experiência de vários anos com os alunos e cursos de diferentes níveis, habilidades e idades distintos revelam que, o convívio com outras pessoas, a observação dos erros e acertos do outro, o compartilhamento de interesses semelhantes e até mesmo a troca de experiência e das próprias dúvidas contribuem para que o aluno potencialize o seu aprendizado.

No curso de canto isso também acontece. Para os praticantes do canto, as aulas em grupo possibilitam o acréscimo de um elemento especial: o uso das técnicas de backvocal. Essa técnica, muito conhecida e praticada no meio musical, abre ao grupo a opção de trabalhar e praticar arranjos vocais diferenciados para cada música, utilizando a aplicação de cada voz de forma diferenciada. Assim, além da aula se tornar dinâmica e interessante para todos, a prática do backvocal nas aulas de canto em grupo efetiva a integração dos alunos durante toda a aula. Sem falar do ganho que o indivíduo possui com o seu desenvolvimento, potencializando a sua percepção musical, a sua educação auditiva e o aperfeiçoamento das habilidades musicais com a criação e experimentação de novos arranjos.

O mais interessante do uso dessa técnica é que ela pode ser utilizada em qualquer tipo de música e, com o tempo e treino, os próprios alunos desenvolvem a capacidade e percepção para definir e executar seus próprios arranjos e variações na harmonia.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cajón: versatilidade para o acompanhamento musical

O Cajón é um instrumento muito simples, extremamente versátil e com o custo relativamente baixo. De alguns anos para cá, ele vem se tornando cada vez mais popular no Brasil por dar suporte e acompanhamento musical para outros instrumentos, tanto para músicos profissionais ou amadores.

Originariamente, Cajón é o aumentativo de “caja” no espanhol, que traduzido significa “caixa”, sendo um instrumento de percussão de origem peruana (ou afro-peruana, segundo alguns) advindo da época da escravidão. Nessa época, os escravos eram separados de seus instrumentos, ficando impossibilitados de celebrarem. Para improvisar, eles utilizavam caixas de madeira ou gavetas para reproduzirem os ritmos que estavam acostumados. Com o tempo, o instrumento foi aperfeiçoado, transformando-se no Cajón que conhecemos hoje e que, atualmente, é reconhecido pelo governo Peruano como "Patrimônio Cultural da Nação".

Sua sonoridade assimila-se à bateria, substituindo-a sem problemas. De forma simplificada, o Cajón possibilita a produção de sons similares aos do bumbo e da caixa da bateria, de acordo com a área utilizada. Para que os sons se assemelhem aos do bumbo, o músico toca mais no centro do instrumento. Já para as sonoridades mais similares a da caixa, o toque deve ser direcionado para as bordas. Mas, outros sons podem ser criados de acordo com as técnicas aplicadas.

Atualmente as melhores marcas de Cajóns produzidas no Brasil são o FSA, que já vem com microfone embutido, e o Pithy, que possui, dentre as opções, uma das melhores sonoridades.